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Às vezes imagino um mapa-múndi aberto e você estendido transversalmente sobre ele. Para mim, então, é como se entrassem em consideração apenas as regiões que você não cobre ou que não estão ao seu alcance. De acordo com a imagem que tenho do seu tamanho essas regiões não são muitas nem muito consoladoras e o casamento não está entre elas.
Você me estimulava, por exemplo, quando eu batia continência e marchava direito, no entanto eu não era um futuro soldado; ou me estimulava quando eu comia vigorosamente e além disso, conseguia beber cerveja; ou quando sabia repetir canções que não compreendia, ou arremedar suas expressões prediletas; nada disso, entretanto, fazia parte do meu "futuro".
Trecho: Franz Kafka
Arte: Egon Schiele
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16 comentários:
Franz Kafka escreveu a Carta ao pai (Brief an den Vater) em novembro de 1919, aos 36 anos de idade. É intrigante a motivação profunda que o leva, guiado por circunstâncias
externas (como a desaprovação do pai ao seu terceiro e ultimo projeto de casamento), leia-se
o trecho da carta em que afirma ao pai: “Meus escritos tratavam de você, neles eu expunha as queixas que não podia fazer no seu peito”.
Kafka escreveu a carta entre os dias 10 e 19 de novembro de 1919, uma longa carta – com mais de cem páginas, mas nunca foi entregue ao seu destinatário.
Nossa, e que coisa mais linda isso leo..
Ele colocou toda a alma, visceras, coração, tons de admiração misturados com nãos...rejeições...Tantos sentimentos juntos nas palavras..
Muito, mas muito lindo isso.
Meu beijo procê, meu querido!!!
Leo,
Já sou de casa! Estou definitivamente conquistada por você, moço do jardim japonês.
Sei pouco do Franz Kafka, muito pouco, li apenas A METAMORFOSE e foi o suficiente para admirá-lo e muito. Naquela época, um cara escrever algo tão inusitado? Um homem que vira um besouro? Demais, demais...
Agora, leio este texto. Belíssimo. Adorei. Fui lendo sem olhar quem era o autor, fiquei maravilhada ao descobrir.
Beijos!
Adoro seu blog. Te sigo tb...
Bjs
http://prosadejanela.blogspot.com
Eu sempre demoro meus olhos nos teus que é pra ver se encontro essa luz que aflora onde nenhum sol brilha...
Feito estas janelas de vidro que dão para aquele mar azul celeste que você tanto gosta. Ajeito o pescoço e a minha saia de chita...
Só não consigo achar um jeito para esse meu coração, que bate agora, sem nenhum sossego.
Te abraço com amor Leo.
lindo, a imagem tmb....Faz parte do futuro essas coisas!
Beijos, moço me desculpe a ausência por aqui*
Belo...
Arte e texto me compenetraram pelas belíssimas formas, cores e introspecção.
Um beijo!
Ain, Leo. Eu gosto tanto do que você posta!!
Abraço meu.
'nada disso, portanto, fazia parte do futuro'... acho que com essa frase todo o texto teve o efeito desejado!
Abçs!
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Sempre nos apresentando a belezas maiores.
Como a moça acima, também só li do Kafka, Metamorfose, além de frases soltas na net.
Que tanto mais trechos lindos deve conter essa carta, de tão diversos sentimentos.
Maravilhada!
Te beijo, Leozinho.
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Leo, querido... andei meio perdida esses tempos... voando sem rumo...
mas, agora aceito a dança...desculpa a demora, só agora consegui sapatos de danças... e a alma anda menos pesada....
bjos meu querido
P.S Adorei o post.... vamos dançar ao som de Thiago Pethit _ mapa mundi...
As vezes estimulamos os filhos de acordo com as nossas aspirações e esquecemos que eles têm as proprias e o que precisamos é saber respeita-las.
Texto complexo esse menino sonho...incrivel, de grande reflexão.
Meu beijo.
Erikah
Ô menino Léo,que texto profundo!
Muito mais que um desabafo de um filho para um pai, um coração buscando um futuro mais feliz.
Adoro o teu cantinho!
Beijos!
É impressionante tua capacidade de tornar mais belos essas pinturas na companhia destes poemas.
Parabéns. (=
Beijos ;*
bellanogueiira.blogspot.com
Forte.
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