O poema denominado "Grafite" é de autoria da pouco conhecida mas, de literariedade inquieta, Helena Kolody. A poetisa em questão foi a primeira a instaurar no Brasil o estilo japonês literário, exemplificado pelo poema acima, constituindo uma modernidade sucinta através do fazer poético no Haicai, que consiste num poema sempre escrito com três versos, porém numa totalidade de pensamentos abreviados, possuindo a dimensão de dizer muito usando uma linguagem enxuta. Escritora paranaense venerada em seu estado, infelizmente ainda não tem renome nacional, apesar de participativa para com a literatura e ao magistério, profissão que exerceu por toda a vida. Foi dito no início que as palavras de Helena são inquietas, transbordantes; não é só devido a intensa e ininterrupta vivacidade em ser poeta, escrevendo vários livros, mas também como característica significativa para que possamos entender o eu-lírico kolodyano e todas as suas sensações. O eu interior busca constantemente respostas para os seus questionamentos, procurando o sentido da própria existência física atrelada a múltipla consciência a qual interroga juntamente com o leitor suas dúvidas filosóficas sobre o mundo externo e interno. Em sua obra, fica transparente o cultuamento feito àquilo que é eterno, transcendental, o que faz o eu-poético de uma forma atribulada e sofrida, querer unificar em um único elemento o efêmero e inconstante ao imutável e espiritual. Logo, torna-se um ser dualista, dividido entre o plano terrestre e o celeste. Várias outras temáticas permeiam o trajeto íngreme desse eu-lírico pensante e amante onírico, como a brevidade da vida vista como caminho árduo e solitário, pois o movimento cosmológico faz da vivência algo limitado e finito, tendo apenas ao alcance das mãos o presente para recordar a saudade como intermediário dos dois ciclos humanos - vida e morte -, que para Helena como já foi esclarecido, o último signo tem interpretação de continuidade e quietude da alma arfante. Então, inconforme com a passagem do tempo sempre fugaz, agrega para si mesma a expressão "Carpe Diem", ou seja, a necessidade de viver ao máximo o presente, ter a presença da substância que amanhã será ausência.E nessa andança contraditória, devagar em comparação com o tempo, as antíteses tentam inutilmente possuir forma e se encontrar num rumo intransponível, sendo esse, um dos motivos da temática da solidão, visível nos poemas de Helena. A poetisa também tem em seus poemas uma intimista ligação com a natureza, conjugando-a sempre em seus versos, simbolizando a simplicidade e a espontaneidade daquilo que é sensível e passível de modificações e recomeços, e desse modo, ensinando ao homem o caráter transitório e provisório da vida. O parágrafo acima é apenas um pequeno resumo da majestosa escrita Kolodyana, uma partícula no imenso oceano delineado na vastidão das linhas do coração transladados para as páginas do livro. Ao contrário de muitos poetas famosos que seguiram padrões literários, Helena era modernista por época, mas com a própria identidade, trilhando através da linguagem metafórica a naturalidade poética, porém admitindo a palavra "modernidade" dentro do seu conceito e contexto. No poema citado aqui podemos interligar inúmeras idealizações do seu legado enumeradas, clarificando a ideia do ser escorregadio, do nome desenhado a giz desfeito e desmanchado pela chuva. O elemento da natureza indica o movimento, a ruptura com o estar, com o ser, já que a chuva é natural e cíclica, reiniciando sempre com um início e um fim. Da mesma forma a existência humana, extinguindo e deslizando no muro de tempo, sem as formas inteiriças, misturadas nas gotas caídas do céu, sendo somente pó aguado que some na imensidão explosiva da finitude. Breve e impaciente até nos poemas encurtados, como os Haicais, ela se foi dançando melodiosa na chuva para o seu recanto preferido, mas sem saber que conseguiu fotografar através de sua arte poética, o encontro das rimas valsantes com o tempo inconstante.
Por vezes, é assim mesmo: marcas em paredes o tempo apaga, Marcas que deixamos no coração, serão eternas... Podem até adormecer, mas dia desses, uma música, um cheiro, uma palavra, despertam o que está quietinho,
Seu blog é uma criatividade e muito elegante. Me sinto chique entrando por aqui.
Achei sutil o poema, mas necessário. Nem tudo fica, eu acho, pois que nem tudo é gravado da forma correta. Eu acho que as marcas que nós deixamos na vida das pessoas e as marcas que nós deixamos que façam em nossos corpos, é um trem muito inerente às nossas vontades e o que queremos com elas. Por vezes, nos julgamos burros e equivocados, mas eu acredito muito na inteligência do impulso.
Leo, sempre me fazendo pensar, refletir... Gostei, acho que a gente é marca que o tempo leva, que a água apaga. Gosto de pessoas assim, ricas em cultura. Beijos Leo!
Leo, meu lindo e querido amigo. É muito bom saber que encontrei você, no meu caminho de alguma forma. Você é muito precioso, vejo isso nos textos aqui expostos. Meu querido é um a honra ser tua amiga, é privilégio que eu sempre quero ter. Te desejo um feliz Natal, que ele venha cheio de coisas belas para ti.
você foi uma das boas descobertas de 2011, gosto desse seu jeitinho discreto, poético, sensível.Gosto muito de você.Obrigada por tudo. Pela presença, pelo carinho. Que o próximo ano te traga realizações e muitos outros sonhos para por no lugar delas, saúde e alegrias.
Leo querido, Muito linda essas palavras, nós sabemos que a única marca que fica são as que carregamos no coração, pois lá moram os nossos tesouros. Feliz Natal. Um beijo Denise
Leo amado, esta mensagem: estou mandando repetida, para todos os meus amigos queridos, que moram no meu carinho e coração.
Ele o Natal está às portas, e com ele a chegada de mais um ano que se inicia. Tempo de meditar, sobre o real significado desta data. Sobre como nos portamos, ou no que podemos melhorar. E desta Forma seguimos sempre buscando a aprender mais e mais. O Natal é uma comemoração de amor e paz. Então embora se personalize o natal da maneira que se queira entender. O principal sentido do Natal é Cristo.
****************************************** Desejo a você e seus familiares, esse Natal que eu acredito. Obrigada por sua presença em minha vida, sua amizade, foi um presente de Deus a mim. Feliz Natal! ********************************************************************** (Fernanda)
"...Mas eu, sendo pobre, tenho somente os meus sonhos;
Eu espalhei os meus sonhos debaixo dos teus pés;
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Este blog não segue nenhum padrão, você vai encontrar textos alegres e tristes, poesias completas ou não, textos grandes ou apenas frases. Enjoy!
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Somente com o coração podemos ver com clareza, o que realmente importa é invisível aos olhos.
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Quando olhares o céu de noite, eu estarei habitandouma delas, e de lá estarei rindo;então será, para ti, como se todas as estrelas rissem. Desta forma, tu, e somente tu, terás estrelas que sabem rir!
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Manuel Filipe
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E para calar essa melancolia...
Penduro estrelas
No varal do dia.
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Matisse
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Amor é um elo
Entre o azul
E o amarelo
P. Leminski
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A bola que lancei quando brincava no parque ainda não tocou o chão.
26 comentários:
O poema denominado "Grafite" é de autoria da pouco conhecida mas, de literariedade inquieta, Helena Kolody. A poetisa em questão foi a primeira a instaurar no Brasil o estilo japonês literário, exemplificado pelo poema acima, constituindo uma modernidade sucinta através do fazer poético no Haicai, que consiste num poema sempre escrito com três versos, porém numa totalidade de pensamentos abreviados, possuindo a dimensão de dizer muito usando uma linguagem enxuta.
Escritora paranaense venerada em seu estado, infelizmente ainda não tem renome nacional, apesar de participativa para com a literatura e ao magistério, profissão que exerceu por toda a vida. Foi dito no início que as palavras de Helena são inquietas, transbordantes; não é só devido a intensa e ininterrupta vivacidade em ser poeta, escrevendo vários livros, mas também como característica significativa para que possamos entender o eu-lírico kolodyano e todas as suas sensações. O eu interior busca constantemente respostas para os seus questionamentos, procurando o sentido da própria existência física atrelada a múltipla consciência a qual interroga juntamente com o leitor suas dúvidas filosóficas sobre o mundo externo e interno. Em sua obra, fica transparente o cultuamento feito àquilo que é eterno, transcendental, o que faz o eu-poético de uma forma atribulada e sofrida, querer unificar em um único elemento o efêmero e inconstante ao imutável e espiritual. Logo, torna-se um ser dualista, dividido entre o plano terrestre e o celeste. Várias outras temáticas permeiam o trajeto íngreme desse eu-lírico pensante e amante onírico, como a brevidade da vida vista como caminho árduo e solitário, pois o movimento cosmológico faz da vivência algo limitado e finito, tendo apenas ao alcance das mãos o presente para recordar a saudade como intermediário dos dois ciclos humanos - vida e morte -, que para Helena como já foi esclarecido, o último signo tem interpretação de continuidade e quietude da alma arfante. Então, inconforme com a passagem do tempo sempre fugaz, agrega para si mesma a expressão "Carpe Diem", ou seja, a necessidade de viver ao máximo o presente, ter a presença da substância que amanhã será ausência.E nessa andança contraditória, devagar em comparação com o tempo, as antíteses tentam inutilmente possuir forma e se encontrar num rumo intransponível, sendo esse, um dos motivos da temática da solidão, visível nos poemas de Helena. A poetisa também tem em seus poemas uma intimista ligação com a natureza, conjugando-a sempre em seus versos, simbolizando a simplicidade e a espontaneidade daquilo que é sensível e passível de modificações e recomeços, e desse modo, ensinando ao homem o caráter transitório e provisório da vida.
O parágrafo acima é apenas um pequeno resumo da majestosa escrita Kolodyana, uma partícula no imenso oceano delineado na vastidão das linhas do coração transladados para as páginas do livro. Ao contrário de muitos poetas famosos que seguiram padrões literários, Helena era modernista por época, mas com a própria identidade, trilhando através da linguagem metafórica a naturalidade poética, porém admitindo a palavra "modernidade" dentro do seu conceito e contexto. No poema citado aqui podemos interligar inúmeras idealizações do seu legado enumeradas, clarificando a ideia do ser escorregadio, do nome desenhado a giz desfeito e desmanchado pela chuva. O elemento da natureza indica o movimento, a ruptura com o estar, com o ser, já que a chuva é natural e cíclica, reiniciando sempre com um início e um fim. Da mesma forma a existência humana, extinguindo e deslizando no muro de tempo, sem as formas inteiriças, misturadas nas gotas caídas do céu, sendo somente pó aguado que some na imensidão explosiva da finitude. Breve e impaciente até nos poemas encurtados, como os Haicais, ela se foi dançando melodiosa na chuva para o seu recanto preferido, mas sem saber que conseguiu fotografar através de sua arte poética, o encontro das rimas valsantes com o tempo inconstante.
Por: Fernanda Curcio.
E o tempo, às vezes, deixa marcas, mas também é capaz de apagá-las...
Adorei Leo, mil beijos!
Bela arte (imagem e palavras).
Fantástico.
Bela publicação, tanto na parte escrita como na parte da imagem, belo quadro!
Um bjnho
Perfeito...
O tempo leva tudo, o que a gente quer e o que não quer...
Beijo grande Léozinho...
Leozito,
Que verso!
Por vezes, é assim mesmo: marcas em paredes o tempo apaga,
Marcas que deixamos no coração, serão eternas... Podem até adormecer, mas dia desses, uma música, um cheiro, uma palavra, despertam o que está quietinho,
Bjkas
adorei... finissimo.
beijos
LEO, PASSEI AQUI SÓ PRA DIZER 'OI!'
BEIJÃO
JAN
Adorei isso! Tão singelo, verdadeiro e parecido comigo! haha
Bela escolha, e parabéns também pela descrição acima, Leo.
Seu blog é uma criatividade e muito elegante. Me sinto chique entrando por aqui.
Achei sutil o poema, mas necessário. Nem tudo fica, eu acho, pois que nem tudo é gravado da forma correta. Eu acho que as marcas que nós deixamos na vida das pessoas e as marcas que nós deixamos que façam em nossos corpos, é um trem muito inerente às nossas vontades e o que queremos com elas. Por vezes, nos julgamos burros e equivocados, mas eu acredito muito na inteligência do impulso.
Verdade.
Na vida tudo é tão rápido, tão passageiro...
Somos passageiros aprendizes.
bjo de luz, Leo!
=)
Enquanto houver tempo, eu reescrevo na próxima manhã.
Belíssimo, Leo!
um beeijo*
Leo, sempre me fazendo pensar, refletir... Gostei, acho que a gente é marca que o tempo leva, que a água apaga. Gosto de pessoas assim, ricas em cultura.
Beijos Leo!
Então escreve com outra coisa! ;)
Ótimo fim de semana! BjO
É como as coisas da vida que passa.. Se foi =/
"Desenho toda calçada,
Acaba o giz tem tijolo de construção
Eu rabisco o sol que a chuva apagou..."
Lembrou Giz, do Legião.
Tudo é efêmero neste tempos sem medida, sem rastro.
Ainda que teimemos pela eternidade.
Respira-se poesia por todos os poros nesse teu canto bonito.
Eu até roubei um poema e colei no meu Face... Com licença.
Invadi e adorei estar aqui.
Beijo, Leo.
Leo, meu lindo e querido amigo.
É muito bom saber que encontrei você, no meu caminho de alguma forma.
Você é muito precioso, vejo isso nos textos aqui expostos.
Meu querido é um a honra ser tua amiga, é privilégio que eu sempre quero ter.
Te desejo um feliz Natal, que ele venha cheio de coisas belas para ti.
Com carinho e amizade.
Fernanda
A cada chuva uma chance de reinvenção.
Isso aquieta a alma, néam, Leo?
Um beijo.
é assim com a vida ,
algumas coisas simplesmente somem , se vão .Algumas nem se quer deixam rastros ...
Beijos :)
Tudo é fugaz, até o ser.
Leo querido
você foi uma das boas descobertas de 2011, gosto desse seu jeitinho discreto, poético, sensível.Gosto muito de você.Obrigada por tudo. Pela presença, pelo carinho.
Que o próximo ano te traga realizações e muitos outros sonhos para por no lugar delas, saúde e alegrias.
Beijos
CHOVEU, SUMIU O NOME DESENHADO A GIZ NO MURO DO TEMPO, POREM NÃO SUMIU DA HISTÓRIA..pois em pensamentos e contos sempre estará lá!
xerOOOOOOOOO
Leo querido,
Muito linda essas palavras, nós sabemos que a única marca que fica são as que carregamos no coração, pois lá moram os nossos tesouros.
Feliz Natal.
Um beijo
Denise
Leo amado,
esta mensagem: estou mandando repetida, para todos os meus amigos queridos, que moram no meu carinho e coração.
Ele o Natal está às portas, e com ele a chegada de mais um ano que se inicia.
Tempo de meditar, sobre o real significado desta data.
Sobre como nos portamos, ou no que podemos melhorar.
E desta Forma seguimos sempre buscando a aprender mais e mais.
O Natal é uma comemoração de amor e paz.
Então embora se personalize o natal da maneira que se queira entender.
O principal sentido do Natal é Cristo.
******************************************
Desejo a você e seus familiares, esse Natal que eu acredito.
Obrigada por sua presença em minha vida, sua amizade, foi um presente de Deus a mim.
Feliz Natal!
**********************************************************************
(Fernanda)
Ah, a chuva!
chuá, chuá...
chuva aqui
chuva lá
chove em meus pensamentos.
Beijo, Leo querido!
Chuvas benditas que nos salva das dores mundanas!
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