Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol...


domingo, 31 de julho de 2011

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Nenhum homem é uma ilha, completa em si mesma;
todo homem é um pedaço do continente, uma parte
de terra firme. Se um torrão de terra for levado pelo
mar, a Europa fica menor, como se tivesse perdido
um promontório, ou perdido, ou perdido o solar de
um teu amigo, ou o teu próprio. A morte de qualquer
homem diminui a mim, porque na humanidade me
encontro envolvido; por isso, nunca mandes indagar
por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.

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Arte: Duy Huynh.
Poema: John Donne. Meditação 17.

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sexta-feira, 22 de julho de 2011

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Minha cabeça cortada
Joguei na tua janela
Noite de lua
Janela aberta

Bate na parede
Perdendo dentes
Cai na cama
Pesada de pensamentos


Talvez te assustes
Talvez a contemples
Contra a lua
Buscando a cor de meus olhos

Talvez a uses
Como despertador
Sobre o criado-mudo
Não quero assustar-te
Peço apenas um tratamento condigno
Para essa cabeça súbita
De minha parte

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Poema: Paulo Leminski.
Arte: Edward Hopper, Boy & Moon.

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quarta-feira, 13 de julho de 2011

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Quanto mais fecho os olhos,
melhor vejo...



Meu dia é noite quando estás ausente
e à noite eu vejo o sol
se estás presente.

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Poema: William Shakespeare, Soneto 35.
Arte: Marc Chagall, Couple with candles & white blossoms

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sábado, 2 de julho de 2011

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- Seu cabelo está cheiroso, Falei, aspirando o perfume...
- E o meu olho?, ela perguntou...



- O que tem seu olho?
- Também está cheiroso?
- Por que o olho estaria cheiroso?
- Entrou sabão nele, Ela explicou.

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Arte: Joaquim Sorolla, After Bath.
Texto: Sylvia Plath.

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