Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol...


domingo, 8 de maio de 2011

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Sem fazer barulho abri a janela e sentei-me na cama, não ousava me mexer com medo que me ouvissem lá embaixo, lá fora às coisas também pareciam congeladas, paralisadas num propósito mútuo.



Nunca mais esses momentos serão possíveis para mim, mas ultimamente tenho sido muito hábil para captar, se ouvir com atenção, o som dos soluços que romperam quando me encontrei sozinho com mamãe, na realidade seu eco nunca cessou.

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Texto: Marcel Proust, Em busca do tempo perdido.
Arte: Edvard Munch, A mãe morta e a criança, 1900.

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