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Era o relógio de meu avô
e quando o ganhei de meu pai ele disse
Estou lhe dando o mausoléu
de toda esperança e todo desejo.
Dou-lhe este relógio não para
que você se lembre do tempo,
mas para que você possa esquecê-lo
por um momento de vez em quando
e não gaste todo o seu fôlego
tentando conquistá-lo.
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Excerto: William Faulkner, O som e a fúria.
Arte: Edward Kienholz. O Restaurante, 1965.
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11 comentários:
A arte de Kienholtz critica os aspectos da sociedade moderna, nesta 'O restaurante' o tempo é a questão central quando nos mostra que não somente é dinheiro e invade até mesmo os relacionamentos humanos superficiais e interessados.
Não se pode ajustar o tempo interno ao da percepção do universo. Haveria um grande desacerto nos ponteiros. O tempo é um animal selvagem salivando a nossa carne...
Mas que belo, Leo, que belo!
Tão linda a imagem quanto a poesia... Felicidades em estar de volta. Bjs.
Lembrei de um presente incrível que guardo do meu pai, dsde a infância. Mágico!!..
=)
bjo Leo
E a minha paixão pelas imagens que você colocar aqui nunca diminui.
E falando em tempo,
como não falar das saudades desse nosso eu que vai ficando pra trás?
É sempre uma alegria quando surges, viu?
Assim que te vir no msn, vou chamar seu nome:
MAGO!
Beijos
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Maravilhoso!
Serio...
Teu blog é ótimo, parabéns!
Vem conhecer o meu:
leiakarine.blogspot.com.br
que lindo. Post encantador. Me fez refletir. saudades
beijinhos
Talvez um dia eu me esqueça do tempo a devorar a brevidade da pele, quando ela não deixar vestígio de existência.Não que eu ligue a morte da vida, mas sim porque vejo partir durante a fugacidade dos dias toda a felicidade saudosista...
Curti!! =)
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