Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol...


domingo, 13 de fevereiro de 2011

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...Três dimensões, que nada,
Tudo é chato, e você não está aqui.
Cartas, papéis, selos
E branco. E preto.
Datilografá-lo, e
Pronto.
O gotejar, o líquido gotejar
Da chuva na calha
É a voz que me resta
Nesta noite.
E o Clic-clic
Duro e rápido Clic-clic
Do relógio
Dói bastante,
É o coração que resta a bater
Para mim esta noite.


O leito estreito,
A cama de ferro
É o vão que resta
E o calor que resta...
Resta, resta.
Para a cama e dormir
E sem lágrimas escorrem
Os segundos informes
Minutos, horas
E você nunca
Os pingos da chuva choram
E você nunca
E Tic-tic
Tic- tic
Passam as horas.

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Poema: Sylvia Plath, Os Diários de...
Arte: Toul'se Lautrec, Rosa La Rouge

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27 comentários:

Leo disse...

Toul'se tornou-se conhecido por retratar a vida nos bordéis em suas litografias, era
contratado para fazer cartazes promocionáis dos cabarés e teatros ajudando a definir
o estilo que seria posteriormente conhecido como Art Nouveau.

Seu estilo transgredia as proporções anatômicas e as leis da perspectiva em favor da
expressividade. Os traços rápidos e as cores intensas sugeriam movimento. A simplificação
do contorno e o uso de grandes áreas em uma só cor caracterizam seus cartazes, que estão
entre suas obras mais significativas.

*Mi§§ §impatia* disse...

Eu tô aqui!
Saudade.
Beijos.

Winny Trindade disse...

Isso é tão lindo.
Gostei muito.

Tic-tic
Tic- tic

Abraço meu, Moço dos Segredos.

~mimi disse...

♥ Toulose Lautrec
O Pintor que retratou como ninguém a vida boêmia e as cores da noite e seu encantos e diversões como ninguém.
Maravilhoso =D

Denise Portes disse...

Leo querido,
Essa arte toca e gruda no coração da gente.
Um beijo
Denise

Suzana Guimarães disse...

E passam as horas e só não passas tu, que tanto desejo, que tanto não quero.

Beijos,

Suzana/LILY

Liza Leal disse...

Meus olhos se alegram c/as gotas ricas q vc deixa escorrer na página.

bjo, lindo!
=)

Lívia Azzi disse...

Ah, esse amor romântico, Leo!!

Tudo perde o sentido quando não estamos com o objeto amado (linguagem técnica, é claro)...

Sempre me encantam os fragmentos que você seleciona da Sylvia Plath.

Beijinhos...

Lara Mello disse...

Não Léo, ela não é minha irmã é uma grande amiga.. Sorte, saudade daqui, de você..

Suzi Montenegro disse...

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Da triste solidão... da dolorosa saudade...

'Os pingos da chuva choram
E você nunca...

Passam as horas.'


Os diários da Sylvia é um 'tocar fundo' no coração.

Te beijo, Leozinho.

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Thiago Cavalcante disse...

É a espera.
Com esperança.
Sem esperança.
Espera.

O Divã Dellas disse...

A chuva vai passar...
As horas vão passar...
A noite vai passar...
Mas duvido muito que o desejo passe.
E isso é a delícia da vida.
beijo,
Cinthya
http://odivaadellas.blogspot.com

lolipop disse...

Dói-me até hoje esse desespero de Sylvia Plath...o forno, o ciúme, a dor, as crianças no quarto...e Ted Hughes..."E você nunca..."...
Toulouse Lautrec foi a escolha perfeita.
By the way...Happy Valentine's Day!

PS Whisky...vinho, gin tónico, sake...

BEIJOOOOOO

lolipop disse...

Só agora li seu comentário...acho que a conversa seria longa sim...(risos)...Um destes dias o espaço dos comentários não chega.

Anônimo disse...

Primeiramente, obrigada pela visita e o comentário. Já te sigo a um tempo, e acredite é uma honra tê-lo como leitor!
Quanto ao armário vasculhe bem, até o fim. Sempre se encontra um pedaço de si por lá. Ainda mais você que aprendeu com o principezinho a admirar o simples!


Belo poema esse que você postou! Me trouxe esperança. Tic-Tac. O sempre esperar.


Beijos, querido!

Yohana Sanfer disse...

Que bonito hein, não conhecia e gostei mto! :)
obrigada pela visita, volte sempre!

Juci Barros disse...

Gostei!

Beijos.

Alicia disse...

esta mulher me dói de um jeito incrivelmente delicioso.

Anônimo disse...

E aí Leo beleza?! Paz de Cristo!
Passando pra conferir teus posts!
bjs!
http://guerradosmundosleka.blogspot.com/

Naia Mello disse...

Doí demais o silêncio e o coração batendo solitário, o importante é que tudo passa.

Érica Amorim disse...

Salve Léo! Salve Sylvia Plath!

A vida longe de quem se ama é a própria eternidade.

bjãO

Anônimo disse...

Ei Leo, primeiro quero agradecer pela sua presença sempre marcante em meu blog!!!
Bela escolha para nossa leitura de hoje.

Abraços.

Tati Lemos disse...

Que bonito *-*
As horas passam e o desespero aumenta e minha´lma chora!

Beijos Leo*

Anônimo disse...

Amigo,

Essa ausência, seria como se diz por aí, sentir-se só na multidão?

Bjs e boa semana!!

Guilherme Fraga disse...

As palavras invadem nossos sentimentos, da para idealizar este vazio.

Belíssimo poema.

Anônimo disse...

Muito bom o texto, tédio, angustia e aflição que o amor ausente causa tamanha solidão!

Patrícia Vicensotti disse...

Ah...essa saudade,né?
Perfeita com a pintura...
E que descrição dela vc fez Leo!!!

Te escrevi lá;será que chegou?

Bjo :)