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A luz aflora onde nenhum sol brilha;
Onde nenhum mar se move, as águas do coração
Impelem suas marés; (...)
A aurora emerge atrás dos olhos;
Dos pólos do crânio e dos dedos dos pés, o sangue tempestuoso
Desliza como as ondas do mar;
Sem arrimo ou amurrada, os poços do céu
Jorram até as bordas,
Prenunciando num sorriso o óleo das lágrimas.
A luz aflora em lugares recônditos,
Nos píncaros do pensamento onde seu aroma flutua sob a chuva;
Quando a lógica se extingue,
O segredo da terra germina através dos olhos,
E o sangue salta sobre o sol;
A aurora se detém sobre os campos desolados.
Dylan Thomas
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segunda-feira, 5 de julho de 2010
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